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Qual o Papel do Arquiteto na Segurança Contra Incêndio

Qual o Papel do Arquiteto na Segurança Contra Incêndio

Contribuindo ativamente com a elaboração do plano, o arquiteto tem total conhecimento técnico e capacidade de colaborar com indicações precisas a respeito de rotas de fugas e especificações de materiais e revestimentos adequados.

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                               Esse é um dos lemas da área da arquitetura e urbanismo.

E, para que o ambiente projetado seja seguro em todas as suas possibilidades, é fundamental que o profissional que o está desenvolvendo tenha, em mãos, um excelente PPCI – Plano de Prevenção e Proteção contra Incêndio. Obrigatório, o PPCI deve sempre ser desenvolvido juntamente com o projeto de arquitetura do espaço, garantindo assim sua total eficiência em paralelo à segurança da edificação e de seus usuários.

Contribuindo ativamente com a elaboração do plano, o arquiteto tem total conhecimento técnico e capacidade de colaborar com indicações precisas a respeito de rotas de fugas e especificações de materiais e revestimentos adequados.

Tanto que a Resolução 21 do CAU/BR trata exatamente deste ponto: apontar como uma das atividades e atribuições profissionais do arquiteto e urbanista a elaboração de projeto de sistemas prediais de proteção e combate a incêndios e catástrofes.

No Brasil, o órgão regulamentador é o Corpo de Bombeiros, sendo responsável pelo planejamento, análise, aprovação e fiscalização das instalações e equipamentos de prevenção e combate a incêndio.

Um PPCI adequa e regulariza as edificações atendendo sempre aos padrões normativos brasileiros, lembrando, sempre, que cada tipo de edificação tem uma classificação específica que determina o grau de risco de incêndio e os equipamentos necessários para a proteção dos prédios e de seus usuários.

Além das normas brasileiras que ditam as regras para instalação de portas corta-fogo e saídas de emergência, sistemas de iluminação de emergência, instalação de hidrantes e mangotinhos, é papel do arquiteto estar sempre atento às novidades oferecidas por este mercado na busca por melhorias neste processo.

“Hoje temos produtos e vernizes específicos que retardam as chamas e podem ser aplicados em madeira, tecido, carpetes e diversos outros materiais. Além disso, há, também, as tintas intumescentes contra o fogo e a propagação das chamas; e os selantes corta-fogo que são aplicados em tubulações, juntas, cabeamentos elétricos e fissuras”, comenta Sandra Pompermayer, arquiteta e urbanista da USF – Itatiba Design.

Lembrando que todas as obras arquitetônicas, com exceção das residências uni familiares, devem contar com um Laudo de Proteção Contra Incêndio, arquitetos e designers especialistas na elaboração de espaços comerciais devem ficar ainda mais atentos à elaboração destes projetos.

Para orientá-los, além das normas gerais é interessante manter-se atualizado quanto às regras estipuladas pelo Ministério do Trabalho e do Emprego como, por exemplo, a NR23 que trata da proteção contra incêndio para locais de trabalho.

Ou seja, em projetos corporativos, é interessante que o arquiteto considere a divisão do edifício em células, evitando o fácil alastramento do fogo; considere a implantação de barreiras; respeite o número mínimo de saídas de emergência e a distância máxima a percorrer até uma delas, entre outros pontos de destaque.

Para os interessados em conhecer mais a respeito das regras relacionadas à elaboração do PPCI, deixamos uma dica: acompanhar as publicações e atividades do Grupo de Fomento à Segurança Contra Incêndio, um grupo que integra o núcleo de Pesquisa em Arquitetura e Urbanismo da FAUUSP (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo) e é formado por pesquisadores e profissionais da área, com destaque para Rosária Ono, especialista em segurança contra incêndio e professora da FAUUSP e Ualfrido Del Carlo, professor titular aposentado na Universidade de São Paulo, vinculado à Faculdade de Arquitetura e Urbanismo desde 1964.

A necessidade atual de profissionais com conhecimento pleno é primordial Conhecimento sobre as legislações federais e estaduais e municipais em relação à segurança contra incêndio para executar os projetos não é uma opção e sim um obrigatoriedade para que a edificação se torne segura quanto a vidas e patrimônios

Além disso, motivado pelo grande incêndio na Boate Kiss, ocorrido na noite de 27 de janeiro de 2013, foi publicada a lei Federal 13.425 em 2017, que estabelece diretrizes gerais sobre medidas de prevenção e combate a incêndio e a desastres em estabelecimentos, edificações e áreas de reunião de público a nível nacional, ampliando mais ainda as oportunidades e procura por profissionais de Engenharia e Arquitetura com expertise em Segurança contra Incêndio e Emergências.

Há uma dificuldade muito grande no âmbito da Engenharia e da Arquitetura em compreender diversas questões como dimensionamento de hidrantes e mangotinhos, sprinklers, etc. já que pouco sobre isso é ensinado nas faculdades. Por este motivo, cursos complementares são de suma importância para quem é do campo e deseja atuar no ramo.

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